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Foto do escritorBruna Fernandes

Obesidade - A doença dos tempos modernos



"Doença?" Sim! A obesidade e o sobrepeso são consideradas doenças! Quando não tratadas da maneira correta, ambas trazem sérias consequências, predisposição á outras doenças mais graves e diminuição da qualidade de vida do animal.

Nos estados unidos de dois em dois anos uma pesquisa é feita pela Associação de Prevenção á Obesidade Pet (Association for Pet Obesity Prevention - APOP), a fim de determinar quantos cães e gatos são acometidos por estas doenças pelo país, e na última pesquisa em 2018 eles encontraram que 59,5% dos gatos e 55,8% dos cães sofrem diariamente com a obesidade. Aqui no Brasil infelizmente não temos pesquisas que contemplem todo o país, mas é fácil observar nos consultórios, pelas redes sociais e nas ruas o crescente número de pets acima do peso.


















Além dos malefícios pra saúde do animal, esse grande número de pets obesos dá a falsa impressão de que não é uma condição tão séria, e não traz grandes impactos ao animal. Mas mesmo o sobrepeso não deve ser subestimado, 1 kg acima do peso pode não parecer muito pra gente mas pra eles a história diferente, esse mesmo 1kg pra um gato pode representar 16kg a mais pra gente proporcionalmente.



Outra questão que a normalização do sobrepeso trouxe foi a perda de referência do que é um pet dentro do peso normal pra raça. O bulldog é a raça mais acometida por esse fenômeno. A maioria das pessoas considera um bulldog "rechonchudo" como sendo o normal pra raça, quando na verdade estas raças de cães mais compactas são as que mais precisam estar em forma, visto que eles podem ter a qualidade de vida afetada de forma mais severa quando estão acima do peso.



Severa dificuldade respiratória, intolerância ao exercício, intensa dificuldade em se resfriar são apenas algumas das sérias consequências do sobrepeso para bulldogues ingleses, franceses, pugs, pequineses e qualquer outra raça de focinho muito achatado. Mas não se engane, qualquer raça pode sofrer com essas situações quando é acometido pela obesidade, tanto cães quanto gatos.


Além destas, há ainda diversas doenças mais graves que podem surgir em consequência da obesidade, como maior predisposição ao desenvolvimento de câncer, dores severas em articulações, doenças do coração, respiração dificultada (influenciando até no sono do animal), maior chance de desenvolver doenças infecciosas, ou dificuldade em combatê-las, pelo sistema imune comprometido, entre outras.



Visualmente não é difícil de identificar o excesso de peso, mas há modos de facilitar essa avaliação em casa:


A primeira coisa que sempre recomendo é procurar fotos de cães/gatos da mesma raça que o seu pet e que estejam em forma/magros. Compare se há diferença visível de peso. Caso o seu pet seja um SRD procure por fotos de animais sem raça definida de porte semelhante.




Agora observando o seu pet, compare com as fotos do post e veja se há dobras espessas (quase como um excesso de pele) no pescoço e perto da cauda. Observe se o abdômen está redondo/abaulado, semelhante á um barrilzinho. Olhe por cima, com o animal em pé, e repare se a cintura dele está reta (entre a última costela e o osso da bacia). Caso o pet seja muito peludo, passe a mão neste local e tente sentir se é possível identificar a cintura ou se parece estar reta. Ainda com o animal em pé, passe a mão pela costela e repare se há dificuldade em sentir estes ossos.


Se o seu pet estiver visualmente semelhante às fotos do post, ou com as características descritas no texto, muito possivelmente ele está acima do peso ou obeso. É necessário que um veterinário confirme o diagnóstico, mas há medidas que você já pode tomar em casa para melhorar a vida do pet:


Ajuste a quantidade de comida de acordo com o que é indicado na embalagem para o porte e peso do pet (não é uma orientação muito específica mas é um ótimo começo). Faça mais atividades físicas com o pet, sempre respeitando os limites do mesmo, como caminhadas com passos mais rápidos, pequenas corridas intercaladas, brincadeiras em casa, nadar.. Dê uma pausa nos petiscos, ou substitua-os por frutas como maçã (sem sementes), pera, cenoura e chuchu cozidos, sempre em pequenas quantidades!

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